O ex-policial militar, Allisson Wattson da Silva Nascimento, condenado a 17 anos de prisão pelo assassinato da jovem estudante de Direito, Camilla Abreu, ocorrido em outubro de 2017, será submetido a exame criminológico para aferir sua periculosidade. A realização do exame foi determinada no dia 14 de outubro pelo juiz Marcus Klinger Madeira de Vasconcelos, da Vara de Execuções Penais em Meio Fechado e Semiaberto de Teresina.
O exame é feito para atender a Lei de Execução Penal e visa obter elementos para classificar e individualizar a execução da pena, avaliando o condenado em diversas áreas, como a social, a psicológica e a psiquiátrica.
Allisson Wattson teve o regime prisional regredido cautelarmente, do semiaberto para fechado, por solicitação do Ministério Público após o ex-policial ser preso acusado de estupro de vulnerável, em Teresina, no dia 27 de julho de 2023. De acordo com a Secretaria de Segurança, o ex-capitão foi preso após a mãe da vítima denunciar os abusos. A Polícia Civil concluiu que a vítima sofreu abusos desde os 6 anos até completar 7 anos.
O exame criminológico servirá de base para que o juiz decida sobre a concessão ou não do livramento condicional, bem como da progressão de regime para o semiaberto. A nova redação da Lei de Execuções Penais dispõe que "em todos os casos, o apenado somente terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, e pelos resultados do exame criminológico, respeitadas as normas que vedam a progressão."
A Diretoria de Unidade de Administração Penitenciária (Duap) tem o prazo de 60 (sessenta) dias para realizar o exame crimologico e apresentar relatório pormenorizado sobre o comportamento carcerário do ex-militar.
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