Polícia INDICIADA
Acusada de dar caju envenenado a irmãos em Parnaíba é indiciada pelo crime
Mulher cometeu crime após irmãos subirem em seu telhado; um deles morreu e o outro está internado
17/10/2024 09h27
Por: Illan Herman

Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, foi indiciada pela Polícia Civil do Piauí como responsável pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e tentativa de homicídio, após ter dado cajus envenenados a dois irmãos em Parnaíba. O crime aconteceu em 22 de agosto de 2024 e a mulher foi presa preventivamente no dia seguinte.

Uma das vítimas, João Miguel da Silva, de 7 anos, morreu um dia após ter sido envenenado. Seu irmão de 8 anos permanece internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) desde o fato.

Segundo as investigações, Lucélia cometeu o crime após as crianças subirem no telhado de sua casa para pegar cajus em uma árvore situada no terreno da mulher. A acusada se irritou com as crianças, colheu os frutos, envenenou com chumbinho, conhecido veneno para ratos, e entregou aos irmãos.

De acordo com o Instituto Criminalístico, o veneno encontrado nos corpos das crianças é compatível com o que foi encontrado na casa da acusada no dia de sua prisão, em 23 de agosto.Lucélia alega ser vítima de uma "acusação maldosa", onde colocaram a culpa nela, e alegou que os venenos apreendidos em sua casa seriam apenas para matar ratos, baratas e formigas. Ela alegou ainda, de forma contraditória, que o veneno estava em posse de seu irmão que passa por problemas psicológicos após uma suposta separação com sua ex-parceira.

"Nunca joguei caju envenenado, jogaram a culpa em mim, coisa que eu não fiz. Eu mesma entreguei o veneno (para a polícia), está aqui, só tem um restinho, meu irmão que estava com esse veneno, porque ele queria morrer envenenado por causa da mulher dele", argumentou.

Histórico de violência

Além dos indícios em sua residência, a acusada também possui histórico de agressão e violência contra crianças e animais no passado. Segundo o juiz do Núcleo de Plantão/Parnaíba, Marcos Antonio Moura Mendes, que decretou a prisão preventiva da acusada em agosto, vizinhos relataram que a Lucélia já tentado agredir crianças anteriormente, jogando água quente em seus corpos, o que representa risco de reiteração de ccrimes contra crianças.

Durante a prisão preventiva da acusada, um gato morto foi encontrado nas redondezas de sua residência. A suspeita é de que o animal também tenha sido morto por envenenamento devido os indícios.