Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, foi indiciada pela Polícia Civil do Piauí como responsável pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e tentativa de homicídio, após ter dado cajus envenenados a dois irmãos em Parnaíba. O crime aconteceu em 22 de agosto de 2024 e a mulher foi presa preventivamente no dia seguinte.
Uma das vítimas, João Miguel da Silva, de 7 anos, morreu um dia após ter sido envenenado. Seu irmão de 8 anos permanece internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) desde o fato.
Segundo as investigações, Lucélia cometeu o crime após as crianças subirem no telhado de sua casa para pegar cajus em uma árvore situada no terreno da mulher. A acusada se irritou com as crianças, colheu os frutos, envenenou com chumbinho, conhecido veneno para ratos, e entregou aos irmãos.
De acordo com o Instituto Criminalístico, o veneno encontrado nos corpos das crianças é compatível com o que foi encontrado na casa da acusada no dia de sua prisão, em 23 de agosto.Lucélia alega ser vítima de uma "acusação maldosa", onde colocaram a culpa nela, e alegou que os venenos apreendidos em sua casa seriam apenas para matar ratos, baratas e formigas. Ela alegou ainda, de forma contraditória, que o veneno estava em posse de seu irmão que passa por problemas psicológicos após uma suposta separação com sua ex-parceira.
"Nunca joguei caju envenenado, jogaram a culpa em mim, coisa que eu não fiz. Eu mesma entreguei o veneno (para a polícia), está aqui, só tem um restinho, meu irmão que estava com esse veneno, porque ele queria morrer envenenado por causa da mulher dele", argumentou.
Além dos indícios em sua residência, a acusada também possui histórico de agressão e violência contra crianças e animais no passado. Segundo o juiz do Núcleo de Plantão/Parnaíba, Marcos Antonio Moura Mendes, que decretou a prisão preventiva da acusada em agosto, vizinhos relataram que a Lucélia já tentado agredir crianças anteriormente, jogando água quente em seus corpos, o que representa risco de reiteração de ccrimes contra crianças.
Durante a prisão preventiva da acusada, um gato morto foi encontrado nas redondezas de sua residência. A suspeita é de que o animal também tenha sido morto por envenenamento devido os indícios.