Cidades SEM TRANSPARÊNCIA
Prefeitura de Parnaíba oculta lista de servidores do Portal da Transparência em ano eleitoral
Desde a promulgação da lei, todas as esferas de governo são obrigadas a divulgar de forma clara e acessível informações sobre receitas, despesas e quadro de servidores.
24/07/2024 23h04
Por: Illan Herman

Em pleno ano eleitoral, a Prefeitura de Parnaíba, situada no litoral piauiense, está envolvida em uma polêmica ao ocultar a lista de servidores no Portal da Transparência. A medida, que contraria a Lei da Transparência (Lei Complementar nº 131/2009), levanta suspeitas sobre a administração municipal e suas práticas de gestão de pessoal.

Desde a promulgação da lei, todas as esferas de governo são obrigadas a divulgar de forma clara e acessível informações sobre receitas, despesas e quadro de servidores. No entanto, a atual gestão de Parnaíba decidiu não cumprir com essa determinação, gerando questionamentos entre cidadãos e entidades de controle social.

Em um ano eleitoral, a ocultação da lista de servidores pode ser vista como uma tentativa de esconder a contratação excessiva de colaboradores, um expediente muitas vezes utilizado para angariar apoio político. A prática, se confirmada, não só prejudica a transparência e a confiança na gestão pública, como também pode configurar um uso indevido dos recursos públicos para fins eleitorais.

Reações da Sociedade Civil

Cidadãos parnaibanos expressaram indignação diante da falta de transparência da prefeitura. “Essa atitude fere o princípio da publicidade e impede que a população exerça seu direito de fiscalização sobre o uso do dinheiro público”, afirmou Maria de Lourdes Silva, presidente de uma associação local de moradores.

Possíveis Consequências Legais

A ocultação das informações pode acarretar consequências legais para a administração municipal. De acordo com especialistas em direito público, a falta de transparência pode resultar em sanções para os responsáveis pela gestão. Além disso, a Justiça Eleitoral pode ser acionada para investigar possíveis irregularidades, uma vez que o período eleitoral exige maior rigor no controle das contratações e despesas públicas.

O que Diz a Lei

A Lei Complementar nº 131/2009 determina que informações detalhadas sobre a execução orçamentária e financeira devem ser disponibilizadas em tempo real para a sociedade. A falta de cumprimento dessas exigências pode configurar improbidade administrativa, sujeitando os gestores a sanções diversas, incluindo a perda do mandato.

O episódio da ocultação da lista de servidores no Portal da Transparência em Parnaíba é um sinal de alerta sobre a importância da vigilância cidadã e da responsabilidade dos gestores públicos. Em um ano eleitoral, a transparência é ainda mais crucial para garantir a lisura do processo democrático e a confiança da população nas instituições.

A sociedade espera respostas rápidas e ações concretas para resolver a situação, restabelecendo a transparência e o respeito à legislação. A efetiva fiscalização por parte dos órgãos competentes será fundamental para assegurar que práticas contrárias à ética e à lei sejam devidamente punidas.