O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou R$ 1,46 milhões do cartão corporativo da Presidência em um único hotel, localizado em Guarujá (SP). Os gastos do ex-mandatário ficaram públicos nessa quarta-feira (11/1) após pedido de Lei de Acesso à Informação.
Bolsonaro se hospedou neste mesmo lugar, o Ferraretto Hotel, pelo menos 10 vezes entre abril de 2019 e abril de 2022. O maior gasto no estabelecimento aconteceu em janeiro de 2021, quando, em plena pandemia de Covid-19, foram gastos R$ 312 mil.
Durante os quatro anos que esteve no poder, Bolsonaro gastou ao todo R$ 27,6 milhões. Das categorias de gastos identificadas como “hospedagem”, foram desembolsados R$ 13,6 milhões. Entre os 15 maiores gastos do ex-presidente praticamente todos foram no setor, a exceção é um restaurante em Roraima, onde o então presidente desembolsou R$ 109,2 mil.
As informações dos gastos do ficaram públicas após pedido da Fiquem Sabendo, agência de dados especializada no acesso a informações públicas. As compras do presidente ficaram sob sigilo durante o mandato, por questões de segurança nacional, e se tornaram públicas no dia seguinte ao fim do governo, mas precisavam ser requisitados. Após o pedido da agência, a Secretaria-Geral da Presidência decidiu publicar os gastos por transparência ativa, ou seja, sem que seja necessário a requisição.
Gastos em mercadinho de apoiador
Jair Bolsonaro ainda gastou R$ 678 mil no La Palma, mercado da Asa Norte. As compras no estabelecimento perpassam todo o mandato do ex-presidente, o primeiro gasto aconteceu em 2 de janeiro de 2019, o último em 19 de dezembro de 2022 — foram 1.230 compras no mesmo lugar.
O dono do La Palma se envolveu em polêmica em outubro do ano passado, quando uma cliente o acusou de xenofobia.
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