Polícia OPERAÇÃO
GAECO deflagra operação contra esquema de tráfico e lavagem de dinheiro no Piauí
Ao todo são 29 mandados, sendo 15 de busca e apreensão e 14 de prisão
20/08/2024 20h50
Por: Illan Herman

O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em colaboração com as Polícias Civis do Piauí, Maranhão e Amazonas, deflagrou na manhã desta terça-feira (20/08) a "Operação Fragmentado". A ação visa desmantelar uma rede criminosa envolvida em falsificação de documentos, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e comércio ilegal de armas de fogo nos estados do Maranhão, Piauí e Amazonas. No total, foram expedidos 29 mandados, sendo 15 de busca e apreensão e 14 de prisão.

A investigação teve início após a prisão de Vagner da Silva Carvalho, em março deste ano, no Maranhão, sob suspeita de tráfico de drogas, organização criminosa e falsidade ideológica. Vagner, em parceria com outros criminosos, era responsável pelo transporte de grandes quantidades de entorpecentes de Manaus, no Amazonas, para o estado do Piauí. Ao chegar em Teresina, ele distribuía as drogas para outros traficantes. Em quase dois anos, Vagner movimentou mais de 700 mil reais, utilizando esses recursos para adquirir imóveis e exibir sinais de riqueza.

O grupo também estava envolvido no comércio ilegal de armas de fogo, incluindo armas roubadas de policiais e CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores), algumas com numeração raspada ou com restrições. A circulação dessas armas era ativa, reforçando as operações criminosas do grupo.

Múltiplas Identidades

O nome "Operação Fragmentado" faz alusão à estratégia de Vagner em utilizar múltiplas identidades falsas para enganar tanto a justiça quanto outros criminosos. “É um indivíduo com várias facetas, mas que foi capturado pela polícia. A partir de sua prisão, conseguimos investigar e desarticular esse grupo hoje,” afirmou o delegado Luciano Alcântara, coordenador do Gaeco.

As investigações revelaram que Vagner da Silva possuía pelo menos três outras identidades falsas, com os nomes Gustavo Pereira Soares, Felipe Nascimento dos Santos e Rafael dos Santos.