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Menino de 7 anos envenenado no litoral do PI tem protocolo de morte encefálica aberto no HUT; suspeita continua presa

Os irmãos de 7 e 8 anos deram entrada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) no domingo (25). Eles estavam entubados no Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Parnaíba, até sábado (24). A suspeita de envenená-los, uma vizinha da família, teria dado cajus envenenados aos meninos.

27/08/2024 às 19h07 Atualizada em 27/08/2024 às 19h17
Por: Illan Herman
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Menino de 7 anos envenenado no litoral do PI tem protocolo de morte encefálica aberto no HUT; suspeita continua presa

Um menino de 7 anos, internado por envenenamento no Hospital de Urgência de Teresina, teve protocolo de morte encefálica aberto nesta terça-feira (27). Ele e seu irmão, de 8 anos, foram vítimas de envenenamento e estão em estado grave desde a última sexta-feira (23). A principal suspeita do crime, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, vizinha das vítimas, foi presa poucas horas após o incidente, tendo sua prisão preventiva decretada.

Os irmãos foram hospitalizados inicialmente no Hospital Nossa Senhora de Fátima, um anexo do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) em Parnaíba, com sintomas de envenenamento. Devido à gravidade do caso, foram transferidos para a capital por uma aeronave do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A assessoria do Heda informou que exames foram realizados para identificar a substância tóxica utilizada, mas os resultados ainda não foram divulgados.

Revolta e violência na comunidade

A prisão de Lucélia Maria, que negou as acusações ao ser conduzida à Central de Flagrantes, provocou revolta entre os vizinhos. Em um ato de represália, eles incendiaram a casa da suspeita.

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Decisão judicial e investigações em andamento

O juiz Marcos Antonio Moura Mendes, ao converter a prisão em flagrante em preventiva, destacou a existência de provas substanciais e indícios de autoria contra Lucélia. Entre as evidências apresentadas estão:

  • Veneno encontrado na residência da suspeita;
  • Existência de um cajueiro em frutificação no quintal da casa dela;
  • Relatos de vizinhos sobre um histórico de agressões a crianças.

De acordo com o delegado Renato Pinheiro, da Central de Flagrantes de Parnaíba, apesar de negar o crime, Lucélia teria indicado aos policiais, durante busca e apreensão, o local onde o veneno estava escondido. Em sua casa, os agentes encontraram, debaixo de uma cômoda, invólucros de estricnina, popularmente conhecida como "chumbinho", um veneno altamente tóxico que pode causar convulsões, contrações musculares e falência respiratória. A suspeita afirmou que o utilizava para matar ratos.

Além do veneno, uma sacola com cajus também foi apreendida e enviada para perícia no Instituto de Criminalística. Lucélia permanecerá presa na Penitenciária Mista da cidade enquanto as investigações prosseguem.

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