A empresária, advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa em uma operação da Polícia Civil de Pernambuco contra uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A prisão ocorreu na manhã desta quarta-feira (4), no Recife. Detalhes sobre o funcionamento do esquema criminoso ainda não foram divulgados pela polícia.
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, a empresária foi encaminhada ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), localizado em Afogados, na Zona Oeste da cidade.
As investigações da operação "Integration" começaram em abril de 2023. Além da prisão de Deolane Bezerra, foram emitidos outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão nas cidades de Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.
A operação também resultou no sequestro de bens, como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações, além do bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões. A polícia, entretanto, não detalhou a propriedade de cada bem apreendido até o momento.
A 12ª Vara Criminal da Comarca de Recife determinou a entrega de passaportes, a suspensão do porte de arma de fogo e o cancelamento do registro de arma de fogo dos investigados.
Em um apartamento na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, a polícia apreendeu joias e dinheiro de um empresário ligado à empresa Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho. A empresa é conhecida por realizar apostas online e patrocinar alguns times de futebol.
O advogado Pedro Avelino, que representa Darwin Henrique, informou que seu cliente está em viagem a trabalho e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos. Ele destacou que o mandado de busca e apreensão foi cumprido e que a defesa irá se habilitar para entender o contexto da operação. "Já estamos cooperando com a polícia há mais de um ano e meio, e achamos estranhas medidas tão severas como mandados de prisão e busca e apreensão", afirmou o advogado.
As investigações contaram com a colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diopi) da Polícia Civil de Pernambuco e das polícias civis dos estados de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás. No total, 170 policiais estão envolvidos na operação.