Polícia INDICIADO
Vereador Arthur Marinho é indiciado por matar idoso no trânsito em Teresina
O inquérito policial foi concluído nessa sexta-feira (20) pelo delegado Carlos César, da DRCT.
21/09/2024 20h22
Por: Illan Herman

O vereador de Lagoa do Piauí e candidato à reeleição, Arthur Marinho (Progressistas), foi indiciado pela morte de Jeovah Vieira de Oliveira, de 60 anos, atropelado na Avenida Presidente Kennedy, no bairro Morros, em Teresina, no dia 11 de novembro de 2023.

O inquérito policial foi concluído nesta sexta-feira (20) pelo delegado Carlos César, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito (DRCT), e indiciou o vereador por homicídio no trânsito com dolo eventual, o que significa que ele assumiu o risco de causar a morte. O processo agora será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

Relembre o caso

Na madrugada de 11 de novembro, Jeovah Vieira de Oliveira foi atropelado por um Chevrolet Prisma branco, na Avenida Presidente Kennedy. Segundo o Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), a vítima foi arremessada para o capô do carro e arrastada por metros até cair na pista. Testemunhas relataram que o veículo estava em alta velocidade, e o motorista fugiu sem prestar socorro. A área foi isolada para perícia.

Laudo pericial

O laudo técnico constatou que o veículo percorreu cerca de 3,5 km com o corpo da vítima no capô antes de fazer uma curva, momento em que o corpo caiu na via. O motorista não reduziu a velocidade e seguiu viagem. A investigação apontou que o carro envolvido no atropelamento pertence a Ubiratan Júnior Berger do Nascimento, filho da jornalista Karla Berger, esposa de Arthur Marinho. O vereador foi identificado como o condutor.

O que disse o vereador

Arthur Marinho foi ouvido pela Polícia Civil em duas ocasiões. No depoimento, afirmou que, ao sentir dois impactos no veículo — um na frente e outro no teto —, não conseguiu identificar o que havia atingido e entrou em pânico, optando por seguir diretamente para casa. Ele negou ter visto o corpo no carro e assegurou que não estava sob o efeito de álcool.

No dia 17 de novembro, o vereador detalhou o trajeto que fez na noite do acidente, desde sua saída de Lagoa do Piauí até Teresina. Marinho relatou que, após sentir o impacto, não parou devido ao estado de choque. Ele também afirmou que percebeu os danos ao carro apenas ao chegar em casa.

Esse caso gerou grande comoção pública e o desenrolar do processo trará respostas sobre a responsabilidade do vereador no atropelamento fatal.