Polícia COLETA DE DNA
Polícia Civil realiza mutirão de coleta de DNA de presos na Penitenciária Mista de Parnaíba
Foram coletadas 141 amostras que serão enviadas ao Banco Nacional de Perfis Genéticos.
21/09/2024 20h45
Por: Illan Herman

A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Polícia Científica (DEPOC), finalizou, nesta sexta-feira (20), mutirão de coleta de material biológico de pessoas condenadas na Penitenciária Mista de Parnaíba, no litoral do estado.

A coleta, que começou na última quarta-feira (18), contribui com o projeto de fortalecimento da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG). O mutirão teve o objetivo de auxiliar na obtenção de metas acordadas com a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Esse tipo de ação visa cumprir a Lei Nº.12.654 que torna obrigatória a coleta de amostras biológicas de condenados por determinados crimes.

Segundo a diretora do Instituto de DNA Forense do DEPOC, Adilana Soares, ao todo, 141 amostras de DNA de presos foram coletadas em Parnaíba. As cidades de Floriano, Picos e Oeiras, no sul do Piauí, serão as próximas a receber mutirão.

“No Piauí, são realizados mutirões para atingirmos as metas anuais da RIBPG. Desde 2019 nós realizamos essas coletas e parte dessas coletas já foram inseridas no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Essas amostras podem ajudar na resolução de vários delitos, como crimes sexuais, de patrimônios e até homicídios”, ressaltou a diretora.

De acordo com o Governo Federal, a RIBPG foi criada com a finalidade principal de manter, compartilhar e comparar perfis genéticos a fim de ajudar na apuração criminal e na instrução processual.

Importância da coleta de material para a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos

Conforme o XX Relatório da RIBPG, divulgado no primeiro semestre deste ano, o Banco Nacional de Perfis Genéticos já ajudou a solucionar crimes patrimoniais envolvendo o Piauí. 

Em 2023, aconteceu um crime numa agência bancária no estado. O vestígio coletado no local permitiu a obtenção do perfil genético do acusado. Quando inserido no Banco Nacional de Perfis Genéticos permitiu identificar que o autor cometeu outros crimes em Goiás (2012), Rio Grande do Sul (2020), São Paulo (2021) e Piauí (2023), a partir da coleta de DNA de um indivíduo realizada em Pernambuco conforme Lei de Execução Penal. 

As autoridades policiais de todos os estados foram informadas do ocorrido. O caso demonstra a eficiência do Banco Nacional de Perfis Genéticos em solucionar crimes ocorridos em diferentes épocas e locais.

Dessa forma, a Polícia Civil do Piauí reconhece a importância da RIBPG e contribui com o Banco Nacional de Perfis Genéticos a fim de que se tenha mais agilidade e uma resolutividade maior de crimes em todo o país, incluindo o Piauí. 

O banco auxilia ainda na localização de pessoas desaparecidas por meio da coleta e do cruzamento de materiais biológicos dos familiares e desaparecidos.