A Polícia Federal, por meio da Delegacia de Direitos Humanos e Defesa Institucional, instaurou um inquérito no dia 6 de outubro para investigar o prefeito reeleito de Sebastião Barros, Pablo Carvalho (PSD), e a coligação "Para Sebastião Barros Continuar Avançando", por suspeita de transporte ilegal de eleitores durante as eleições de 2024. A prática é caracterizada como abuso de poder econômico.
As investigações foram iniciadas após um despacho da promotora de Justiça Eleitoral, Gilvânia Alves Viana, que relatou que o Ministério Público do Piauí recebeu denúncias de que a coligação ofereceu transporte gratuito a eleitores residentes em Brasília, com o objetivo de trazê-los ao município de Sebastião Barros para votar em Pablo Carvalho.
Com base nessas informações, a Polícia Federal montou uma operação para interceptar o ônibus que transportava os eleitores assim que chegasse ao Piauí. A abordagem ocorreu por volta das 10h50 do sábado (véspera da eleição), na cidade de Corrente. Durante entrevistas, os passageiros alegaram que haviam pago ou pagariam pela viagem ao chegarem ao destino final.
Entretanto, durante as oitivas, os policiais notaram que Hélvio Lobato, organizador da viagem, rasgava uma folha retirada de sua agenda. Após reconstituírem o papel, foi constatado que continha o título "Votos vereadores", seguido de uma lista de nomes.
A Polícia Federal também determinou a consulta aos bancos de dados para verificar os domicílios eleitorais das 38 pessoas que estavam no ônibus. O inquérito ainda está em andamento, sem conclusão até o momento.
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