O funcionário de uma empresa de Baixa Grande do Ribeiro, que não teve seu nome divulgado, está sendo investigado por furto qualificado e associação criminosa pela Polícia Civil do Piauí. Conforme o delegado Marcos Halan, ele procurou a polícia nessa sexta-feira (1º) e contou ter desviado R$ 500 mil para jogar no "Tigrinho".
"Em um só dia ele chegou a depositar R$ 140 mil na plataforma, além de ter feito empréstimos para alimentar o vício. Na delegacia já vêm ocorrendo alguns casos de pessoas cometendo crimes para alimentar o vício em jogos, mas nesse caso o destaque foi a vultosa quantia gasta", destacou o delegado.
A parte do dinheiro desviada por ele, conforme o delegado, o funcionário contou que usava para jogar na plataforma de jogos "Tigrinho", com a intenção de obter lucro. A investigação inicial já demonstrou, segundo Halan, que ele perdeu todas as apostas.
O delegado informou que o crime foi denunciado pela empresa onde o jovem de 26 anos trabalhava havia 4 anos. A administração estima mais de R$ 600 mil desviados, mas o jovem confessou o desvio de R$ 500 mil. As contas passarão por auditoria.
Ele procurou a delegacia logo após a denúncia, para evitar ser preso, acompanhado de seu advogado, e disse que deseja colaborar com a investigação.
"Ele não ficou preso porque está colaborando com as investigações e vai responder por furto qualificado mediante abuso de confiança e associação criminosa, porque havia mais gente envolvida no esquema de desvio", informou o delegado.
Conforme Halan, o jovem informou que tem interesse de devolver o dinheiro desviado e que já conseguiu ressarcir R$ 200 mil às vítimas.
Esse caso traz à tona um alerta importante sobre os riscos associados aos jogos de azar, que estão se tornando cada vez mais viciantes. A ilusão de lucro fácil pode levar à perda de grandes quantias e à destruição da vida financeira e pessoal dos envolvidos. Especialistas alertam que o vício em apostas pode se desenvolver rapidamente e impulsionar comportamentos perigosos, como a prática de crimes para sustentar o hábito. Por isso, é fundamental que sejam tomadas medidas de prevenção e que haja maior conscientização sobre os perigos dessa prática.
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