Na última sexta-feira, a deputada estadual Gracinha Moraes Souza, do partido Progressistas, recusou uma proposta de acordo apresentada pelo Ministério Público do Estado do Piauí em relação a uma ação penal na qual é ré. A parlamentar é acusada do crime de dano qualificado contra o patrimônio da Agespisa, empresa estatal de saneamento básico, por uma suposta invasão ao prédio da instituição em 2019.
Segundo a denúncia, Gracinha Moraes Souza, na época secretária de Infraestrutura de Parnaíba, e outros servidores municipais teriam danificado correntes, cadeados e portões do prédio da Agespisa, além de trocar fechaduras, impedindo o acesso dos funcionários.
O Ministério Público propôs um acordo de suspensão condicional do processo, por um período de quatro anos, com condições que incluíam comparecimento periódico em juízo, proibição de sair da comarca sem autorização judicial e o pagamento de uma prestação pecuniária. No entanto, a defesa da deputada recusou a proposta, alegando inocência e criticando a suposta excessividade da oferta.
Em resposta, Gracinha Moraes Souza afirmou que não tinha conhecimento da proposta de acordo e que não foi intimada a respeito. Além disso, a parlamentar negou veementemente ter causado danos à Agespisa, ressaltando que apenas cumpriu uma ordem judicial para assumir a posse do prédio da empresa.
Em suas declarações, a deputada também aproveitou para criticar o governo estadual, acusando-o de desviar recursos públicos e negligenciar os serviços de saneamento básico, o que teria causado prejuízos à população de Parnaíba. Ela mencionou problemas como esgoto a céu aberto e falta de tratamento de água, além de denunciar alegados desmandos e perseguições políticas por parte do governo.
Diante da recusa do acordo e das alegações feitas pela deputada, o caso promete continuar gerando polêmica e atrair a atenção da opinião pública, enquanto se aguarda o desenrolar dos procedimentos judiciais.
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