A recente queda da estrutura da ponte da Pedra do Sal, em Parnaíba, a menos de dois meses de sua inauguração, revela falhas graves na gestão e aplicação de recursos públicos. A obra, que já consumiu R$25,5 milhões, deveria ser entregue no aniversário da cidade, mas agora necessita de mais verbas para consertos.
Desde o início, a construção tem causado transtornos significativos à população local, especialmente aos pescadores, com barulho constante e congestionamentos. A obra, inicialmente prevista para ser concluída há dois anos, se arrasta, destacando a ineficiência e a falta de planejamento do governo municipal. A falta de transparência e de comunicação da prefeitura agrava a situação, deixando a população sem respostas e aumentando a desconfiança em relação ao uso dos recursos públicos. A ausência de uma resposta oficial do prefeito Mão Santa até o momento da publicação da notícia reflete a negligência com a qual a situação está sendo tratada.
Apesar da cidade já possuir uma ponte para o mesmo destino, a nova construção, liderada pela então secretária Gracinha Mão Santa, agora deputada estadual, tem gerado apenas transtornos, como barulho e congestionamentos. O projeto, já adiado quatro vezes, enfrenta um futuro incerto após o colapso recente.
Adicionalmente, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que a ponte sobre o Rio Igaraçu, em Parnaíba, terá funcionalidade apenas parcial devido à necessidade de obras complementares ainda não previstas. A auditoria apontou também a falta de estudos sobre alternativas construtivas antes da contratação, contrariando o princípio da eficiência na administração pública. O custo inicial da obra, previsto em R$17,2 milhões, foi elevado para R$29 milhões por meio de aditamentos, aumentando a contrapartida municipal sem alterar o valor aportado pela União (Portal TCU).
Essa situação evidencia a necessidade urgente de revisão nos processos de fiscalização e execução de obras públicas, além de uma gestão mais transparente e eficiente dos recursos. É imperativo que haja responsabilidade e prestação de contas para evitar que tragédias como essa se repitam, garantindo que o dinheiro público seja utilizado de forma adequada e que os projetos sejam concluídos conforme o planejado.
A prefeitura poderia investir esses fundos em projetos mais urgentes e benéficos para a comunidade, como a construção de uma UPA municipal, melhorias no SAMU, novas escolas e aprimoramentos em pontos turísticos, atendendo melhor às necessidades da população.
Mín. 24° Máx. 31°